Notícia

Vale Sagrado dos Incas

03/02/2017

Principal referência agrária, cultural e paisagística do Peru, a região é visitada pela Caminhos todo mês de maio.

Por Mateus Redivo

A caminheira Emika Teramoto em um dos mirantes do Vale Sagrado, que visitamos com o Caminhos dos Incas. 

Localizado entre os Andes e a Amazônia peruana, este acidente geográfico foi formado há milhares de anos pela correnteza do rio Vilcanota, ou Solimões (AQUELE) como o conhecemos no Brasil. O maior império da América pré-colombiana* surgiu lá no século XIII. E foi amor a primeira vista, porque não dá pra falar de um sem comentar do outro e vice-versa.

 

GEOGRAFIA

De um lado a maior cadeia de montanhas (em extensão) do mundo. Do outro a maior floresta. E, no meio, em uma área com pouco mais de 100km, entre Cusco e Machu Picchu, o VALE SAGRADO DOS INCAS. Além de possuir muita água, que desce das montanhas nevadas para alimentar o Vilcanota e seus afluentes, a região fica numa altitude média de 2.800m e temperatura de 18ºC. Características que fizeram dela uma potência agrícola da América Andina. Com tudo isso no quintal de casa, a capital Cusco, não tem como não plantar batata.

Família Caminhos com a antiga capital do Império Inca, Cusco, ao fundo.

 

AGRICULTURA

No apogeu da civilização, por volta de 1400 dC, a agricultura inca era uma das mais avançadas do mundo. O domínio das técnicas de irrigação, aliado à condições naturais favoráveis, possibilitaram o plantio de diversas culturas como a já citada batata, a mandioca, o tomate, o milho e o grão quinoa, entre outras. Depois da colheita os alimentos eram transportados pelo mais famoso personagem peruano, a lhama, para os quatro cantos do império, cortado por uma malha de trilhas que escoavam a produção – os também famosos Caminhos Incas (confundir com o Caminhos dos Incas).

O caminheiro Alex Baek posa com descendentes incas e o animal símbolo do Peru.

 

LOCAL SAGRADO

Mas o vale não é só um pedaço de terra fértil e bonito. Para os incas ele é o espelho da Mayu, como chamavam a Via Láctea**, na Terra. Formada por estrelas e nuvens de poeira e gás, que pode ser observada em noites de céu limpo, ela orientava os incas geograficamente e espiritualmente.

Ta vendo a Via Láctea (crédito)? Imagina que ela é o Vilcanota e as principais constelações as cidades incas.

O padre e cronista espanhol Cristóbal de Molina, um dos primeiros a documentar os costumes locais, escreveu muita coisa sobre as peregrinações feitas durante o solstício de inverno, quando os incas partiam de Cusco contornando o Vilcanota até sua nascente, onde, de acordo com a mitologia deste povo, nascia o sol.

A arquitetura local e a disposição das cidades no vale, por sua vez, nos mostram o quanto este povo adorava a Mayu. Eles chegaram ao ponto de representá-la na Terra, em “tamanho natural” inclusive, pois cada povoado e santuário da região como PISAC na foto de cima e OLLANTAYTAMBO na de baixo, foi erguido para ser uma constelação da Via Láctea… A IMAGEM REFLETIDA DO ESPELHO.

 

CAMINHOS DOS INCAS

O Vale Sagrado dos Incas não é apenas um lugar. Ele é uma maneira de ser e situar-se no mundo, tanto o terreno quanto o místico. E em maio estaremos lá, visitando, também, a capital Lima, Cusco e Machu Picchu. Veja como foi o grupo de 2016.

A caminheira Claudete em Ollantaytambo.

A irmã da Emika, a Helena, curtindo Machu Picchu.

 

Reserva, roteiro e mais informações com a Bruna nos telefones (41) 3015-4777 e (41) 99803-0006 [WhatsApp] ou pelo email contato@caminhoviagens.com.br.

*Período anterior à chegada dos europeus no continente americano (1492).

**Galáxia da qual o Sistema Solar e a Terra fazem parte.

 

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